Não creio que esteja enganado acerca da superstimação, mas o que nos leva a isso? A vida nos é imposta, ou escolhemos ser seus impostores? São abordagens que a filosofia nos traz por exemplo. Longe de mim traçar paralelos existencialistas ou niilistas. Mas como não se apegar a algo? Como 'seguir' as idéias de NIetszche e ser nada, para fincar raízes mais profundas? Como tornar-se um super-humano?
Não há respostas, a complexidade humana exerce um fascínio. Porque nós parecemos medíocres a certos olhos e soberbos a outros? Será que nos entregamos assim? será que somos tão absorvidos pela vaidade de nossa insignificância?

Dignificaram a idéia de 'poder', mesmo que seja um poder limitado ao nosso pequeno círculo de influências, ou a pequena jornada de existência. Somos finitos, não perenes, mas o que fazemos permanece, e é a busca dessa permanência que aflige aqueles que buscam a verdade. Simples e como sempre, dependendo da fonte, a verdade muda, altera, relativiza-se. Cada qual com sua versão.
E nessas versões, cada pessoa ( cuja palavra é originada do Grego persona=máscara) se utiliza de ferramentas para existir, ou sobreviver. Como garantir a nós o todo, quando sempre nos achamos em falta com algo ou alguém?
Difícil, mas essa embromação toda é só pra lembrar da infância, na qual as coisas eram simples, como dizia anteriormente. Havia pra onde correr, havia pra onde chorar, havia um canto no qual sorrir... Onde as coisas eram simples, e havia um refúgio, onde o encanto era presente e não havia preocupações com meio-ambiente. Onde podíamos ser tolos e ainda nos achavam engraçadinhos. Onde a única filosofia que importava era a busca do inexplorado, do verdadeiro auto conhecimento, e de quando não nos utilizávamos de máscaras sociais. Onde éramos apenas, a brevidade, e a vontade. Onde éramos apenas. Nós....

E pra finalizar, o mestre das citações. Oscar Wilde.
Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.
E então meu caro amigo (a), como você está, vivendo ou apenas existindo?
*tirinha de Calvin e Haroldo*